Não Teremos Nem o Vento Como Herança


      E eis que os sábios se calaram para que a tolice dos hipócritas fosse revelada e a verdade fosse preservada de sua corrupção. Houve tremor quando ela abandonou a órbita da Terra. Foi-se o verbo dos sábios, seu discurso recheava àquela cápsula.

      Explora o universo refletindo tão fortemente um único fio de esperança, que este alcança a superfície de outro planeta qualquer. Faz florescer sua vida inteligente jamais contemplada naquele solo. É destoante agora, o feixe da verdade que já destoou aqui, abundantemente em um passado não necessariamente glorioso.



      Tudo o que destoa hoje, morre. Fica evidente às bestas filhas deste século. Sempre famintas, elas têm dificuldade de entender suas necessidades, se alimentam de tudo o que se evidencia e não se envergonham de vomitar ignorância.

      No mais silencioso mês de agosto, o calor insistiu em permanecer escaldante. Inverno entrou em crise de identidade. Ninguém ousava mover um músculo nem para falar. A situação favoreceu quando no comício alguém discursou: "Se eleito, prometo que a passagem do tempo prejudicará apenas aos hipócritas, aos soberbos e aos gananciosos. O próprio tempo se encarregará de escrever em sua história a ascensão das pessoas verdadeiras e humildes...".



      O evento marcou a volta de uma velha prática: O apedrejamento. Não houve calor excessivo que impedisse as pedras engatilhadas nas gargantas secas em ira.

      Querer destoar em justiça é mais necessário e imperdoável do que nunca, tanto quanto o desejo de destoar em liberdade, mesmo assim seguimos amando hashtags com as tais palavras.

Idiot Wind

Idiot Wind, a song by Bob Dylan on Spotify

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